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sábado, 7 de novembro de 2009

A Física escondida dos nossos Brinquedos

Área temática

Práticas Escolares
A Física escondida dos nossos Brinquedos

Ato cognoscente sobre os significados para todos e para poucos.

Problematizar a universidade para poucos e o singular para todos.

A Universidade do Ministro da Educação é para poucos enquanto a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire é Universal.

Enquanto um pensando na exclusão o outro pensa na “Educação para a transformação da Sociedade”. 

Enquanto para Paulo Freire “dar a palavra” ao outro significa convidá-lo a assumir a sua história, o Ministro se atrapalha com o aprendizado.

O Ministro elitista literalmente se atrapalha com as palavras "no sentido de ser útil para a Sociedade" e desta forma revela toda aquela futuridade criada e vivida por Paulo Freire através desta “pedagogia do oprimido”.

Enquanto o Ministro fala "entre aspas a palavra atrapalhava com muito cuidado", Freire brinca com equilíbrio entre a utopia e a adesão ao concreto.

 Enquanto a caneta do Ministro é pesada a educação de Freire é vista como prática da liberdade.

Enquanto, no singular, o Ministro usa as palavras no plural," as grandes vedetes do futuro", Freire se faz presente presentificando a palavra geradora permitindo,assim, tanto esta leitura/escrita linguística, como esta leitura política.

Mal sabe ele (o Ministro) do poder da “educação problematizadora”.



Este trabalho tem um título ambíguo onde descrevo uma busca para se resolver problemas apontados no ensino de física empregando-se a ludo pedagogia nas práticas escolares em escolas públicas estaduais de ensino médio no Rio de Janeiro no período entre 1999 e 2005.

As práticas escolares de ensino de física através dos brinquedos, algumas vezes, têm demonstrado que o “encanto” do brinquedo, jogo ou brincadeira pode ajudar o entendimento do fenômeno físico “escondido”. Para o educador que vê na física do brinquedo uma oportunidade de contornar a dificuldade da falta de laboratórios para as práticas escolares de ensino de física, o presente trabalho aponta para uma direção qualitativa (fenomenológica) e para um resgate humanista da ciência e tecnologia. O fascínio do educando (criança ou adolescente) e do educador no entendimento do fenômeno físico escondido no lúdico se mostra razoável e as práticas escolares de ensino de física com brinquedos são consideradas como técnica com objetivo educacional cognitivo. Desta forma, a ludo-pedagogia poderia ser usada sistematicamente no planejamento, no desenvolvimento metodológico e avaliação do processo de aprendizagem. Utilizam-se os recursos lúdicos dos brinquedos, com o fim de tornar o ensino de física mais efetivo. Desta forma a ludo-pedagogia pode se tornar uma ferramenta útil, onde o brinquedo é considerado como instrumento experimental para o ensino de física, facilitando ao aluno expressar sua leitura do fenômeno natural observado. As mesmas práticas escolares, no entanto, outras vezes mostraram que a ludo-pedagogia tem se revelado como técnica inerte e estéril para um grupo de alunos que em aula demonstra atitude de apatia, desinteresse e uma não motivação. Tem-se observado que este educando mesmo em idade tenra não praticou o brinco (a ação de brincar).

O trabalho permitiu uma revisão histórica do ensino de física no Brasil. Referências sobre o tema indicam que a proposta do ensino de física dos brinquedos abre um leque variado para investigações nas áreas interdisciplinares das Ciências Humana e Tecnológica. Os Trabalhos educativos com brinquedos e soluções coerentes com a realidade sócio-econômica e tecnológica de nossa sociedade tem sido objeto de estudo de outros pesquisadores [1] com o objetivo de “recomendar projetos de brinquedos de recreação e lazer adaptados para crianças com paralisia cerebral.” Outros trabalhos têm justificado o valor do brinquedo para a formação da cidadania. Desta forma o tema brinquedo tem sido investigado por pesquisadores como o “elo integrador entre os aspectos cognitivos, afetivos e sociais” [2]. Além disso, outro aspecto apontado na adoção dos brinquedos para o ensino de física experimental seria a implantação de um estudo com maior profundidade para o ensino de crianças e adolescentes em situação de risco social. Importantes trabalhos de pesquisa [3] apresentam resultados apontando o brinquedo como recurso educacional para crianças e adolescentes em situação de risco social. Esta última linha de pesquisa tem sido acompanhada pelo presente trabalho reconhecendo que problemas do ensino de física em escolas públicas estaduais para adolescentes do nível médio encontram um óbice de natureza epistemológica.

Nas práticas escolares de ensino de física nas escolas públicas do Rio de Janeiro tem-se observado que o educando “atua” literalmente como um “espectador” das “aulas”. Sua participação é de indiferença ou simulação e não ação. O aluno impassível não participa da aula. O incentivo do estudo da física através do lúdico não tem provocado uma proporcional motivação e a utilização do brinquedo na prática escolar no ensino de física para estes adolescentes não tem sido bem aceita pelo educando, sobretudo para aqueles que se encontram em situação de risco social.

O tema educativo tem evoluído para uma pedagogia do brinquedo ou uma pedagogia da física escondida no brinquedo. No presente trabalho é feita uma leitura da exclusão tecnológica vista dentro da tendência de educação progressista e libertadora do Educador Paulo Freire. Desta forma a dinâmica das aulas de física com brinquedos procura nuclear uma pesquisa participante.
Dialogar com o educando sobre a física escondida dos nossos brinquedos tem sido um ato de amor e ódio para se transformar uma realidade cruel, brutal e de desigualdades na Educação e principalmente no Ensino de Física. O trabalho é uma contínua aprendizagem para se compreender a natureza da relação deste binômio ambíguo: amor e ódio ao Ensino de Física.

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